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Casa das Artes: Junta confirma Contrato Promessa

A Junta de Freamunde emitiu ontem um comunicado onde confirma a nossa notícia da decisão da Câmara Municipal dar início ao cumprimento da promessa eleitoral de construir na cidade a Casa das Artes, tal como foi reivindicado pelas associações culturais.

VEJA (e guarde) o Comunicado pois fica na história da cidade:

APROVADA AQUISIÇÃO DE IMÓVEL PARA A FUTURA CASA DAS ARTES DE FREAMUNDE

Realizou-se, esta manhã, (dia 29 de Setembro) uma reunião ordinária da Câmara Municipal, de cuja ordem de trabalhos fazia parte a proposta de celebração de um “Contrato promessa de compra e venda para aquisição de um imóvel e de uma parcela de terreno para instalação da Casa das Artes de Freamunde”.
Está assim dado o primeiro e decisivo passo para a concretização de um projeto fundamental para a cidade de Freamunde e que vai ao encontro de um importante compromisso eleitoral que assumimos junto da nossa população em setembro de 2021.
Para aqui chegarmos hoje, foi necessário realizar um extenso e moroso trabalho, no sentido de ser possível que a Casa das Artes nasça no coração da nossa cidade e num local icónico de Freamunde.
A área total dos dois imóveis que serão adquiridos é de 6.181 m2, sendo que 2.681 m2 correspondem ao prédio urbano, e o remanescente a uma parcela de terreno. O valor da aquisição destes imóveis é de 760 mil euros, valor que será integralmente suportado pela Câmara Municipal aquando a outorga da respetiva escritura pública.
Teremos ainda muito trabalho pela frente, é verdade, mas estamos naturalmente muito felizes com a proposta hoje aprovada. Ao Presidente do Município, Humberto Brito, e a toda a sua equipa, um agradecimento muito especial e sincero da Junta de Freguesia e, estamos certos, da esmagadora maioria da nossa população.

OS AVANÇOS e as vantagens da decisão

Como a Rádio Freamunde vem contando aqui  passaram dois anos para a CMPF assumir de facto a promessa eleitoral. Entende o poder que se trata de “promessa de mandato” e esperemos que o cumpra dado que a cidade precisa urgentemente de investimentos de natureza reprodutiva com efeitos directos no comércio local e também na recuperação (de valor) imobiliária.

Ao adquirir este espaço, a CMPF compra mais que isso: garante o desenvolvimento do casco urbano e histórico da cidade, amputado que foi (por decisão quase unânime da população!) da praça (comercial) antiga, frente à capela de Santo António: local onde a “grande praça” de Freamunde teve início com o comércio promovido por aquela Confraria.

Há terrenos mais baratos, claro que sim, melhor localizados (depende da opinião de cada um)? Nós achamos que é o lugar certo, conhecido  e experimentado aliás pela nossa população que ali se reúne a 8 de Dezembro, religiosamente para muita coisa e até ouvir a banda! É assim um lugar cultural de excelência (como é o Alto da Feira, sede da Mútua e espaço do GTP, como é o lugar do Coreto e da praça da Confraria de Santo António).

Estes  são os três lugares históricos de dimensão cultural da nossa gente. E quanto ao espaço de São Francisco, nós já o experimentamos há 17 meses seguidos com a realização ali no restaurante São Francisco com as noites de fado, a cada segunda sexta-feira do mês.

O difícil desafio do consenso

As experiências do passado não têm sido famosas quando o nosso povo foi chamados para decidir o passo colectivo: veja-se a demolição da Praça, e as experiências urbanas no centro que estão muito longe de ser consensuais. Aqui a sensibilidade é maior e precisa de diálogo construtivo no sentido de definir o perfil de Casa das Artes que Freamunde precisa dentro da possibilidade de investimento de quem a vai pagar.

No conhecimento destes dois dados, será imperativo que as associações culturais da cidade participem na concepção do espaço, na lógica do seu funcionamento e na utilidade comunitária que esta Casa das Artes terá que ter para justificar o investimento necessário. Neste caso, será imprescindível ter em conta a opinião da Banda de Freamunde e do GTF – instituições que pela sua especificidade e experiência poderão definir as exigências mínimas para ali actuarem.

Aconteça o que acontecer, a Casa das Artes depois de construída continuará a ser um desafio para a boa imagem da cidade no concelho e região: garantir que se trata de um espaço cultural plural, exigente e sobretudo aberto a todos: isto é, universal!

Rádio Freamunde