A si, que nos visita regularmente e a quem nos unem velhos laços de amizade; que fez de Freamunde a sua segunda terra e nos honra com a sua presença sempre que estamos em festa; que ri e se comove com o nosso teatro, que vive e sente a nossa música, que vibra e sofre com o nosso futebol.
A si, velho amigo, que podemos nós dizer? Que continue a rir e a sofrer connosco você que é já, quer queira quer não, um pouco de nós.
A si, recebêmo–lo como se recebe um irmão, um amigo do peito. Sem qualquer cerimónia. Os braços abertos, um sorriso rasgado e... ... Venha daí esse abraço!...
Agora a si, que nos visita pela primeira vez; que tem apenas a curiosidade de saber se a terra é tão linda quanto lha pintaram; se o povo é bairrista e hospitaleiro como lhe disseram; que quer experimentar o som tonitruante de centenas de bombos; que nunca viu “baterias de mísseis” disparando girândolas de fogo num espectáculo dantesco de som, luz e cor.
A si, agradecemos a preferência na certeza de que não sairá defraudada a sua expectativa.
Porque somos tudo o que lhe contaram e o mais que verá. Porque somos um povo único a fazer amizades e fidalgo a receber. A si, recebêmo–lo com um pouco mais de cortesia, ainda que sem protocolo. Cientes de que há de um dia voltar. Bem vindo, pois, e. . . divirta–se…
Mas a ti, Freamundense, que queres que digamos?
A ti, que conheces o melhor lugar para ver a “marcha“; que sabes que há “caldo verde” na Praça; que o “fogo” é lançado da Jóia e se vê e aplaude nas famosas Escadinhas; que das duas corridas atrás das “vacas de fogo” e, pela manhãzinha, pegas num balde e entras no “mel“.
A ti, Freamundense, cumpre–te saber receber porque tu, como nós, és Freamunde.
O teu coração bate com o nosso, em uníssono, num ritmo infernal para pulsar este sangue que nos corre nas veias... forte. . . puro... azul... muito azul...
Lacerda