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Humberto Brito desvaloriza ruptura com concelhia do PS

O presidente da Câmara acaba de anunciar Mónica Cardoso como candidata a presidente da Junta de Paços de Ferreira e enquadrou a sua decisão pelo facto de “nas últimas eleições, os meus concidadãos disseram que a Mudança não pode parar e quiseram conferir-me, por expressiva maioria, o destino do Município”.
Este anúncio acontece como reacção à candidatura anunciada recentemente por Alexandre Costa (PSD) à presidência do município, deixando vago para a mesma junta o lugar de candidato do seu partido.
Segundo Humberto Brito “Mónica Cardoso é uma mulher determinada e uma profissional exigente, com larga experiência nas questões sociais, pelo que, tenho a certeza, é a melhor candidata para, em estreita colaboração com a Câmara Municipal, ouvir e corresponder aos anseios da população urbana que, durante os últimos anos, nunca mereceu a atenção devida e próxima da Junta de Freguesia.”
Recorde-se que já ontem, na página pessoal do Facebook, Humberto Brito anunciara para hoje a apresentação da candidata à Junta de freguesia da sede do concelho. O que aconteceu.
Ambiente de ruptura
Dias atrás referimos a existência de um “Bizzaro silêncio” da distrital do PS perante a tensão evidente na concelhia e referimos que a vontade do actual presidente prevaleceria e explicamos porquê.
Também explicamos em “Aos nossos candidatos em tempo de eleições” (ver: https://radiofreamunde.pt/wp-admin/post.php?post=12129&action=edit) que as candidaturas políticas são cada vez mais protagonizadas pela personalidade dos líderes.
O presidente da Câmara assume pessoalmente a nomeação da candidata Mónica não tendo precisado nem esperado pelo parecer da concelhia do PS que até hoje, e depois de ser ostracizada por Pizarro e os seus da distrital, ainda não se pronunciou oficialmente.
A falta de diálogo entre o presidente do executivo camarário e da concelhia do PS é evidente. A nomeação de Mónica – que constitui a confirmação da estratégia de Brito em não mudar de rumo – deverá levar a uma reacção da concelhia presidida por Armanda Fernandez , nos próximos dias.
Provocações e outras acções
Derivado a este ambiente de ruptura já hoje tivemos sinais do que poderá vir aí. Um dos responsáveis das negociações entre a concelhia e a distrital do PS e simultaneamente director do jornal “Emissor” repescou para a actualidade o caso das actas municipais objecto de investigação em sede do Ministério Público.
O joker da mudança e contramudança
As últimas eleições para a concelhia, hoje em manutenção de poder, foram marcadas pela posição de Filipe Pinto, na altura na oposição interna ao presidente após desentendimentos na gestão da coisa pública. Entretanto como nesta coisa da política há muita maneira de fazer tecido, depois de promover Armanda Fernandez impôs-se o destino e Filipe Pinto aparece nas negociações com a distrital defendendo as hostes de Humberto. Estamos em semana santa e o arrependimento faz sempre bem, desde que o recomeço garanta a felicidade. Mas isso só vamos saber depois das eleições.